sábado, 11 de outubro de 2014

Os livros do meu criado (não tão) mudo


Um gostinho dos livros que dormem todos os dias ao meu lado.

100 Aforismos sobre o Amor e a Morte, Nietzsche
 "Pode-se prometer atos, mas não sentimentos; pois estes são involuntários. Quem promete a alguém amá-lo sempre, ou sempre odiá-lo ou ser-lhe fiel, promete algo que não está em seu poder; no entanto, pode prometer aqueles atos que normalmente são consequência do amor, do ódio, da fidelidade, mas também podem nascer de outros motivos: pois caminhos e motivos diversos conduzem a um ato. A promessa de sempre amar alguém significa, portanto: enquanto eu te amar, demonstrarei com atos o meu amor; se eu não mais te amar, continuarei praticando esses mesmos atos, ainda que por outros motivos: de modo que na cabeça de nossos semelhantes permanece a ilusão de que o amor é imutável e sempre o mesmo. - Portanto, prometemos a continuidade da aparência do amor quando, sem cegar a nós mesmo, juramos a alguém amor terno." 
(pág. 11 - O que se pode Prometer)

Poesias, Fernanda Pessoa
 "Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
A parte isso, tenho todos os sonhos do mundo (...)" 
(pág. 63 - Tabacaria, poema de Álvaro de Campos)

Hai-kais, Millôr 
 "A vida é um saque
Que se faz no espaço
Entre o tic e o tac." 
(pág. 31)

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